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PiiCiE Mora

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#DiadaSíndromedasPernasInquietas - Sintomas e Tratamento

23.09.20, PiiCiE Mora

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O Dia da Síndrome das Pernas Inquietas ocorre todos os anos a 23 de setembro.

Foi escolhido o dia 23 de setembro em homenagem a Karl-Axel Ekbom, nascido neste dia. Ekbom foi um neurologista sueco, que descreveu a doença pela primeira vez, em 1945.

A Síndrome das Pernas Inquietas é também conhecida como Doença de Willis-Ekbom (DWE).

O objetivo da data é promover esta síndrome junto da população e aumentar o seu entendimento na comunidade médica. A Síndrome das Pernas Inquietas é uma condição crónica, que não se pode prevenir e para a qual ainda não existe cura.

Ela caracteriza-se pela necessidade involuntária de movimentar as pernas, sobretudo à noite, ao deitar-se, perturbando o sono. Acredita-se que nesta síndrome existe um desequilíbrio no funcionamento dos neurónios que usam a dopamina como neurotransmissor.

Os níveis de ferro no sangue também podem estar na origem da DWE. O tratamento da DWE é ajustado caso a caso e visa atenuar os sintomas e o desconforto do doente.

Ele envolve geralmente hábitos e práticas de melhoria do sono e o recurso a suplementos de ferro ou magnésio, por exemplo.

Sintomas

O sintoma típico da síndrome das pernas inquietas é um desejo incontrolável de mexer as pernas, geralmente provocado por uma sensação de desconforto que é sentida profundamente dentro das pernas, entre os joelhos e os tornozelos.

O paciente frequentemente apresenta dificuldade para descrever com detalhes essa sensação de desconforto. Os termos habitualmente utilizados são: “incômodo”, “agonia”, “desconforto”, “formigamento”, “a perna quer se mexer”, “câimbras”, “choques elétricos”, “pontadas”, “tensão”, “agonia nas pernas”, “coceira nos ossos”, “insetos caminhando pelas pernas” ou “pernas que se mexem sozinhas”.

Apesar de ser desagradável, a maioria dos pacientes não sente dor. Quando a dor está presente, ela geralmente ocorre devido à existência de neuropatia periférica associada, e não pela síndrome das pernas inquietas em si.

Os sintomas surgem durante períodos de inatividade, sendo mais proeminentes à noite. A movimentação das pernas alivia temporariamente o desconforto. Caminhar, alongamentos, massagens nas pernas ou aplicação de água quente também costumam causar alivio transitório.

A doença de Willis-Ekbom tende a ser uma condição crônica, principalmente nos pacientes com sintomas moderados a graves. Remissão espontânea pode ocorrer em 30 a 60% dos casos, mas ela é bem mais comum nos casos brandos e intermitentes.

Além da gravidade dos sintomas, os fatores que aumentam a probabilidade da doença se tornar crônica são a história familiar positiva ou o início do quadro após os 45 anos.

Nos casos mais graves, o paciente pode ter uma redução relevante da sua qualidade de vida, apresentando dificuldade para dormir, viajar, ir ao cinema ou ficar muito tempo sentado durante o trabalho ou reuniões.

Movimentos periódicos dos membros durante o sono

A síndrome das pernas inquietas e os movimentos periódicos durante o sono podem atrapalhar o sono do paciente, provocando insônia, privação do sono, sonolência intensa durante o dia, distúrbios de ansiedade e até depressão.

Os movimentos periódicos durante o sono se caracterizam por movimentos involuntários dos membros inferiores que surgem de forma regular e estereotipada, durando cerca de 1 a 10 segundos e em ciclos com intervalo máximo de até um minuto e meio (média de 20 a 40 segundos) entre cada movimento.

Tratamento

Apesar de não haver cura para os casos crônicos, a síndrome das pernas inquietas é uma doença tratável e que geralmente responde bem à terapia farmacológica. Os objetivos principais do tratamento são reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida e de sono do paciente.

O primeiro passo costuma ser a dosagem dos níveis de ferro sanguíneo do paciente. Caso o nível de ferritina esteja abaixo de 75 mcg/L, a reposição de ferro por via oral é recomendada. Também é importante suspender o uso de fármacos ou substâncias que possam agravar os sintomas da doença de Willis-Ekbom. Os mais comuns são:

  • Cafeína.
  • Cigarro.
  • Antidepressivos (exceto bupropiona).
  • Antipsicóticos.
  • Metoclopramida.
  • Anti-histamínicos com ação sedativa.

A prática de exercício físico, ioga, meditação, alongamentos e massagens regulares também ajudam nos casos mais leves. Nos pacientes em hemodiálise, a troca de estratégia dialítica para sessões diárias e mais curtas também costuma resultar.

Se nenhuma das medidas acima tiver sucesso, o tratamento farmacológico deve ser iniciado.

Fonte: cuf.pt

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